Não pagou porque?

Recebi nos últimos dias informações de que alguns jogadores deixaram o Santos sem receber alguns meses de salários e direitos de imagem atrasados. Entre eles: Molina, Roni, Wendell e o fisioterapeuta Filé.

Nas últimas semanas, iiguei cerca de quatro vezes para a Assessoria de Comunicação do clube, no caso de Molina, para tentar ouvir os dois lados e checar se procedia a notícia. Não obtive resposta.

Alguns santistas entraram em contato comigo perguntando-me se essas notícias de que o clube não paga não é uma jogada da imprensa paulistana para passar uma imagem ao City de que o Santos é mal pagador e não cumprirá o que for prometido a Robinho e impedir a negociação.

Quero esclarecer que já tinha esta informação há algum tempo, mesmo antes de Robinho interessar ao Glorioso, mas sem checar, não havia como publicá-la, seria irresponsável de minha parte. Como não tive resposta do clube sobre os meus questionamentos, no que diz respeito à Molina, estou divulgando. Também não procede esta suposta perseguição, porque não vi ninguém, além de mim, escrever ou falar algo á respeito.

O volante Emerson, ex-seleção brasileira, entrou com uma ação na Justiça contra o Santos, clube que defendeu no segundo semestre de 2009. Segundo nota emitida pela assessoria do atleta, ele não recebeu os salários dos três meses em que esteve na Vila Belmiro. “Estou no futebol há cerca de 16 anos e essa foi a primeira vez que precisei fazer isso. Pensei muito, mas esse foi o único caminho, já que a diretoria do Santos não honrou com os compromissos e ainda não recebi pelos meses que trabalhei” afirmou o jogador através da nota.

Emerson também afirmou que: “Assim que fui informado sobre a necessidade de fazer uma cirurgia, pedi minha rescisão porque não achava justo receber salários no tempo em que não teria condições de jogar. Mas tenho direito a receber pelo período em que trabalhei. Entendo que a diretoria do clube mudou, mas tive que procurar meus direitos na Justiça”, declarou.

Conversei com Emerson às 20h27, mas o atleta pouco quis falar sobre o assunto.

Imediatamente entrei em contato com o ex-supervisor de futebol, Luís Antônio Ruas Capella que estranhou minha informação: “Ademir, me causa surpresa esta sua informação. Eu fiz o destrato com o Emerson no valor de R$ 34 mil, junto com o procurador dele, Gilmar Velóz” disse

A informação que recebi o ano passado era de que o jogador não queria receber pois pouco jogou e logo ficou contundido. De toda maneira, eu sugiro que a conta seja mandada para Belo Horizonte, onde uma determinada pessoa que trouxe este jogador para a Vila Belmiro se encontra. É apenas uma das muitas contas que ele deixou para o alvinegro pagar.

Ademir Quintino
ademirquintino@bol.com.br