15 de março de 2009: Dia de todo alvinegro se emocionar!
“Pátria Santista” – Perdoem-me se estiver sendo precoce. Sei que ainda faltam três rodadas para o Nacional de este ano acabar, mas permita-me sonhar. Vou deixar o “jornalista” que existe dentro de mim de fora e voltar no tempo, me emocionar como você torcedor. Sim por que qualquer cronista, também torce e faz com que seu filho torça por seu time de coração... Aqueles que não conseguem se sentem um pouco derrotados. Estou escrevendo tudo isso, para voltar a 10 de dezembro de 1995... Estava eu no Pacaembu, naquela tarde ensolarada e vi a maior apresentação de um jogador em uma partida de futebol em toda minha vida... Vi Giovanni – “O Messias” acabar com o Fluminense e colocar o meu amado Santos em uma final de Campeonato Brasileiro (5X2), depois de 12 anos. Amigos eu só havia chorado com tamanha intensidade em duas oportunidades na minha vida – O dia em que meu filho nasceu e o dia que minha avó materna (minha segunda mãe) faleceu, mas nesta tarde/noite eu chorei de muita alegria.
Vi Zico, Zidane, Ronaldo, Romário, Robinho,... Não vi Pelé, não vi Garrincha, não vi Ademir da Guia... Mas como agradeço a Deus ter visto Giovanni – E como vi o paraense que me fez voltar às arquibancadas, que me fez hoje jornalista! Sim, só voltei a ter gosto pelo futebol, após me emocionar com o maior camisa 10 da minha geração (Me perdoem Pita, Diego e Aílton Lira), no time que amo. Estava ouvindo a Rádio Jovem Pan e “Milton Neves” – um dos ícones da crônica esportiva do país, soltar aquela frase – “Como você é lindo, Santos, meu amor” – E como se fosse à reencarnação de Pelé no próprio da municipalidade paulistana, o meu maior ídolo no futebol; que injustamente foi “fritado” por Zagallo na Copa de 1998, que o colocou de volante, para depois dar vaga a Leonardo; simplesmente sozinho levar o meu time de coração que foi montado aquele ano para não cair, e ir a uma final daquele Brasileirão.
Injustamente, Vanderlei Luxemburgo, com sua arrogância, querendo enfiar jogadores do Irati/PR, tirou a oportunidade de Giovanni ganhar o título Paulista de 2006, pelo meu; o seu; o nosso Santos. Será que o “Messias” era pior do que Gilmar, Galvão, Magnum, Reinaldo, Léo Lima ou Geílson, para jogar apenas uma partida em Sorocaba e como se fosse bandido – ser mandado embora do Templo Sagrado de Vila Belmiro? Não o meu ídolo não merecia isto...
Vai ser estranho para mim em 15 de Março do próximo ano, adentrar no Alçapão da Vila e ver Giovanni com a camisa do Mogi Mirim... Será difícil eu retirar o meu lado torcedor e entrevistá-lo como adversário do Peixe... Será difícil não me emocionar e não torcer por ele... Eu fui, eu sou e sempre serei Santos, acima de tudo e de todos (abaixo apenas da minha profissão)... Mas o torcedor Ademir Quintino, também será eterno fã e admirador de Giovanni – “O Messias da Vila”.Parabéns Márcio Fernandes. Não sei se você falou para fazer média ou se falou com extrema sinceridade, mas se você permanecer na Vila, por gentileza... Dê a chance de o “Messias” encerrar a carreira no Santos F.C. no segundo semestre. O Giovanni foi, é e sempre será do Santos F.C., um patrimônio do clube.15 de março de 2009 – Santos F.C X Mogi Mirim E.C. – Vila Belmiro – 16 horas – será difícil não se emocionar.